Segundo Reinado - 20 Exercícios com gabarito/Parte I

01. (ENEM) Respeitar a diversidade de circunstâncias entre as pequenas sociedades locais que constituem uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis internas de cada Estado. As leis municipais seriam as cartas de cada povoação doadas pela assembleia provincial, alargadas conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os conselhos da experiência. Então, administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se atingirá de outra sorte.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia, Editora Nacional, 1937 (adaptado).

O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a implantação do
a) regime monárquico representativo.
b) sistema educacional democrático.
c) modelo territorial federalista.
d) padrão político autoritário.
e) poder oligárquico regional.

02. (Mackenzie) Sobre o parlamentarismo praticado durante quase todo o Segundo Reinado e a atuação dos partidos Liberal e Conservador, podemos afirmar que:

a) ambos colaboraram para suprimir qualquer fraude nas eleições e faziam forte oposição ao centralismo imperial.
b) as divergências entre ambos impediram períodos de conciliação, gerando acentuada instabilidade no sistema parlamentar.
c) organizado de baixo para cima, o parlamentarismo brasileiro chocou-se com os partidos Liberal e Conservador de composição elitista.
d) Liberal e Conservador, sem diferenças ideológicas significativas, alternavam-se no poder, sustentando o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
e) os partidos tinham sólidas bases populares e o parlamentarismo seguia e praticava rigidamente o modelo inglês.

03. (FAZU) As estradas de ferro brasileiras, no Segundo Reinado, concentravam-se, sobretudo, nas regiões de produção:

a) do fumo
b) do milho
c) do cacau
d) do café
e) do feijão

04. (UFV) Comparando a atividade cafeeira com a atividade açucareira, no Brasil na primeira metade do século XIX , pode-se afirmar que:

a) as duas atividades, pela sua localização, incrementaram o comércio, as cidades regionais, a indústria nacional e a construção de ferrovias.
b) as duas atividades basearam-se na grande propriedade monocultora, na mão-de-obra escrava e na utilização de recursos técnicos rudimentares.
c) a primeira concentrou-se inicialmente no oeste paulista, apesar de a região não possuir relevo e solos adequados ao cultivo.
d) na segunda, por se tratar de uma cultura temporária, havia um custo menor de instalação desde o plantio até a sua transformação.
e) a primeira usou as colônias de parceria como forma de suprir a escassez de mão-de-obra, desde as primeiras áreas cultivadas no período colonial.

05.  (PUC-PR) Considerando a economia Colonial e Imperial no Brasil, a mão-de-obra escrava negra esteve MENOS presente nos trabalhos:

a) das atividades dos cafezais fluminenses (Rio de Janeiro).
b) do ciclo do ouro ou da mineração.
c) do ciclo do gado ou pecuária nordestina.
d) do ciclo do açúcar ou açucareiro.
e) do pequeno ciclo dos diamantes, paralelo ao ciclo da mineração.

06.  (FUVEST) Sobre a condição dos escravos no Brasil monárquico, é possível afirmar que eles

a) foram protagonistas de diversas rebeliões.
b) eram impedidos de constituir família.
c) sofreram a destruição completa de sua cultura.
d) concentravam-se no campo, não trabalhando nas cidades.
e) não tinham possibilidades legais de conseguir alforria.

07.  (FUVEST) No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que

a) praticamente desapareceu, pois o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações.
b) regrediu consideravelmente devido à concorrência norte-americana e à introdução do açúcar de beterraba na Europa.
c) conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais preciosos que drenava todos os recursos.
d) ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio após o fim da exploração de metais preciosos em grande escala.
e) regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de beterraba na Europa.

08. (FUVEST) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente

a) pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços.
b) pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.
c) pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.
d) pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.
e) pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "déficit" público.

09.  (FUVEST) No século XIX, a imigração européia para o Brasil foi um processo ligado:

a) a uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes brancos em áreas estratégicas e atender grupos de proprietários na obtenção de mão-de-obra.
b) a uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a mão-de-obra escrava das regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas áreas de povoamento no sul do país.
c) às políticas militares, estabelecidas desde D. João VI, para a ocupação das fronteiras do sul e para a constituição de propriedades de criação de gado destinadas à exportação de charque.
d) à política do partido liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas agrícolas e implantar um meio alternativo de produção, baseado em minifúndios.
e) à política oficial de povoamento baseada nos contratos de parceria como forma de estabelecer mão-de-obra assalariada nas áreas de agricultura de subsistência e de exportação.

10. (FUVEST) Há mais de um século, teve início no Brasil um processo de industrialização e crescimento urbano acelerado. Podemos identificar, como condições que favoreceram essas transformações:

a) a crise provocada pelo fim do tráfico de escravos que deu início à política de imigração e liberou capitais internacionais para a instalação de indústrias.
b) os lucros auferidos com a produção e a comercialização do café, que deram origem ao capital para a instalação de indústrias e importação de mão-de-obra estrangeira.
c) a crise da economia açucareira do nordeste que propiciou um intenso êxodo rural e a conseqüente aplicação de capitais no setor fabril em outras regiões brasileiras.
d) os capitais oriundos da exportação da borracha amazônica e da introdução de mão-de-obra assalariada nas áreas agrícolas cafeeiras.
e) a crise da economia agrícola cafeeira, com a abolição da escravatura, ocasionando a aplicação de capitais estrangeiros na produção fabril.

11. (Unesp) No decurso do Primeiro Reinado, vieram à tona conflitos, contradições e crises. No período Regencial, marcado por agitações sociais e políticas, a grave e prolongada crise econômica e financeira começou a ser superada com:

a) o auge da mineração.
b) o surto da cafeicultura.
c) a utilização do açúcar de beterraba.
d) a lei e a ordem impostas pela Guarda Federal.
e) o aumento na exportação de algodão para os Estados Unidos

12. (UNESP) O Segundo Reinado, preso ao seu contexto histórico, não foi capaz de dar resposta às novas exigências de mudanças. Quando se analisa a desagregação da ordem monárquica imperial brasileira, percebe-se que ela se relacionou principalmente com a:

a) estrutura federativa vigente e a conspiração tutelada pelo exército.
b) bandeira do socialismo levantada pelos positivistas.
c) eliminação da discriminação entre brancos e negros.
d) forte diferenciação ideológica entre os partidos políticos.
e) abolição da escravidão e o desinteresse das elites agrárias com a sorte do Trono.

13. (UNESP) O transporte ferroviário no Brasil, da segunda metade do Século XIX ao início do Século XX, mereceu prioritariamente o interesse estatal e particular. As condições históricas relacionadas com a ampliação da rede em ritmo crescente foram:

a) expansão da cafeicultura, principalmente em São Paulo, e o escoamento da produção para o exterior.
b) reservas de minério de ferro, do quadrilátero ferrífero, pouco acessíveis e demasiado distantes dos centros urbanos mais expressivos.
c) políticas de industrialização e de reflorestamento.
d) capitais externos em busca de lucros para a indústria automotiva e para as empresas distribuidoras de petróleo.
e) devastações de pinhais para a extração de madeira e para a produção de papel.

14. (UNITAU) A partir do golpe da maioridade, em 1840, a vida partidária brasileira resumiu-se a dois partidos: o antes partido progressista passou a chamar-se partido liberal e o regressista passou a chamar-se partido conservador. Pode-se considerar como característica desses partidos:

a) Os partidos do império sempre tiveram plataformas políticas bem definidas.
b) As divergências entre as várias classes da sociedade brasileira estavam representadas nos programas partidários.
c) Do ponto de vista ideológico, não havia diferenças entre os liberais e conservadores, pois eram "farinha do mesmo saco".
d) Os conservadores sempre estiveram no poder e os liberais sempre estiveram na oposição.
e) Ambos tinham influência ideológica externa nos seus programas, apesar de proibido por lei.

15.  (FUVEST) O Bill Aberdeem, aprovado pelo Parlamento inglês em 1845, foi:

a) uma lei que abolia a escravidão nas colônias inglesas do Caribe e da África.
b) uma lei que autorizava a marinha inglesa a apresar navios negreiros em qualquer parte do oceano.
c) um tratado pelo qual o governo brasileiro privilegiava a importação de mercadorias britânicas.
d) uma imposição legal de libertação dos rescémnascidos, filhos de mãe escrava.
e) uma proibição de importação de produtos brasileiros para que não concorressem com os das colônias antilhanas.

16.  (FUVEST) Partindo do Rio de Janeiro, a cultura do café expandiu-se:

a) pelo litoral rumo à região açucareira de Campos e, transpondo a serra do mar, pelo Vale do São Francisco.
b) pelas serras do Rio de Janeiro, Sul de Minas, Vale do Paraíba e Oeste Paulista.
c) pelo litoral sul de São Paulo, Vale do Ribeira e Vale do Paranapanema.
d) pelo litoral fluminense e espírito-santense rumo à Bahia.
e) nas áreas de colonização européia do Vale do Itajaí e da serra gaúcha.

17. (FUVEST) O lema "Ordem e Progresso" inscrito na bandeira do Brasil, associa-se aos:

a) monarquistas.
b) abolicionistas.
c) positivistas.
d) regressistas.
e) socialistas.

18. (UNESP) A adoção do sistema de parceria, como alternativa para o suprimento de mão-de-obra livre na lavoura cafeeira, representou experiência:

a) única para o acesso legal à propriedade da terra.
b) ensaiada pelo governo federal, apesar da forte oposição oferecida pelo governador Nicolau Vergueiro.
c) que dispensava acordo contratual.
d) que se revelou prejudicial aos imigrantes, conforme relato elaborado por um colono europeu.
e) que não implicava no reembolso de despesas e endividamento prolongado.

19. (FUVEST) O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser atribuído:

a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a monarquia.
b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c) às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder maior participação política aos analfabetos.
d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela imprensa.

20. (CESGRANRIO) As Leis Abolicionistas, a partir de 1850, podem ser consideradas como o nível político da crise geral da escravidão no Brasil, porque:

a) a Lei Eusébio de Queiroz (1850) proibiu o tráfico quando a necessidade de escravos já era declinante, face à crise da lavoura.
b) o sucesso das experiências de parceria acelerou a emancipação dos escravos, crescendo um mercado de mão-de-obra livre no país.
c) a Lei do Ventre Livre (1871) representou uma vitória expressiva do movimento abolicionista, tornando irreversível o fim da escravidão.
d) as sucessivas leis emancipacionistas foram paralelas à progressiva substituição do trabalho escravo por homens livres.
e) a Lei Áurea, iniciativa da própria Coroa, visava a garantir a estabilidade e o apoio dos setores rurais ao Império.

 GABARITO 

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